Ele não disse uma palavra o caminho todo. Limitava-se a apreciar a paisagem com um olhar melancólico, daqueles que costumava ter nos dias de ressaca. Ela fazia as despesas da conversa sem se dar conta do seu mutismo. Falava do trabalho, das colegas, do sítio onde costumava almoçar... Os almoços, sorria ele, era preciso ter uma lata desmedida para descrever os almoços daquela maneira. Ele sabia bem onde ela almoçava.
Chegaram ao sítio onde ele lhe ia tirar uma fotografia. Ela continuava a palrar sempre bem disposta, dando pequenos saltinhos de vez em quando, apanhando flores do chão. Ele encostou-a a uma arvore e moldou-lhe o corpo num motivo clássico de fotografia primaveril.
Ela continuava a sorrir, com aquele ar de quem lhe está a correr bem a vida, um ar plácido e despreocupado. Tão despreocupada estava que nunca chegou a perceber que não era uma máquina fotográfica o que ele lhe apontou.
Chegaram ao sítio onde ele lhe ia tirar uma fotografia. Ela continuava a palrar sempre bem disposta, dando pequenos saltinhos de vez em quando, apanhando flores do chão. Ele encostou-a a uma arvore e moldou-lhe o corpo num motivo clássico de fotografia primaveril.
Ela continuava a sorrir, com aquele ar de quem lhe está a correr bem a vida, um ar plácido e despreocupado. Tão despreocupada estava que nunca chegou a perceber que não era uma máquina fotográfica o que ele lhe apontou.
5 comentários:
15 de abril de 2009 às 19:46
Brilhante:)
15 de abril de 2009 às 19:49
:)
15 de abril de 2009 às 23:41
...certeiro.
apontou-lhe o coração?
16 de abril de 2009 às 00:17
Quase de certeza.
16 de abril de 2009 às 13:59
Muito bom, sim senhora...
beijos
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