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O Sniper

| sexta-feira, 3 de abril de 2009 | |
Na fila do Centro de Re-Colocação, encontrava-se uma personagem que nunca ninguém esparara ver no desemprego. Era um sniper do Grupo de Operações Estéticas à Distância. Este sniper em particular contava no seu currículum com mais trabalhos bem sucedidos que qualquer outro dos seus pares, e no entanto ali estava ele. «Ao que nós chegámos» meditava a pessoa que estava a seguir ao sniper. Em conversa na fila e durante um cigarro, o sniper contou-lhe que uma paixão havia destruído a sua vida, que já não conseguia concentrar-se como antigamente, que a sua pontaria continuava igual ou melhor que o costume, mas que, a sua atenção é que se dispersava com frequência. Ainda por cima tinha amolecido, com aquela história de estar apaixonado, achava tudo bonito, enternecia-se por dá cá aquela palha e depois na hora H não conseguia efectuar o tiro. «Ó chefe, você já devia saber que um homem com um trabalho como o seu não se pode apaixonar» alvitrou a pessoa ao lado dele. «É verdade...»anuiu o sniper, com uma lágrima a escorrer-lhe pela cara.

2 comentários:

calamity Says:
8 de abril de 2009 às 02:51

:)
a morte pode ser bela
http://.bp.blogspot.com/_tyhGzpGyAQc/SYoA54fUToI/AAAAAAAABgQ/qqiU18Gckec/s1600-h/suiciderobertmiles.jpg

El Matador Says:
8 de abril de 2009 às 08:51

Pois pode.