Romualdo, Zeferino e Anacleto encontraram-se reclusos na mesma cela. Não se lembravam de nada; nem o que tinham feito, nem porquê, nem se tinham feito alguma coisa. A cela era escura e não tinha janelas, era pequena e não havia onde se sentar por isso sentaram-se no chão. Olharam uns para os outros com desconfiança. Tinham todos a leve impressão de se conhecerem de algum lado, como se já tivessem feito parte de uma mesma estória, como se já tivessem viajado juntos por outras latitudes.
Todos os dias, um deles era retirado da cela por breves momentos só para voltar depois, cansado e angustiado, confuso e agoniado. Depois de conversarem e de trocarem notas sobre as suas experiências no exterior, chegaram à conclusão que estavam à mercê de uma entidade ditadora, auto-denominada de El Matador. Esta personagem tinha por hábito ser cruel com os seus prisioneiros. Pressentiam que a fuga era básicamente impossível uma vez que eram constantemente observados, todos os dias, todas as horas. Mesmo no momento em que discutiam este assunto, sentiam que as ideias não eram tanto suas como do próprio El Matador, que era omnisciente e omnipotente das suas vidas. Não sabiam se haviam de detestá-lo ou erguer altares em seu nome.
Todos os dias, um deles era retirado da cela por breves momentos só para voltar depois, cansado e angustiado, confuso e agoniado. Depois de conversarem e de trocarem notas sobre as suas experiências no exterior, chegaram à conclusão que estavam à mercê de uma entidade ditadora, auto-denominada de El Matador. Esta personagem tinha por hábito ser cruel com os seus prisioneiros. Pressentiam que a fuga era básicamente impossível uma vez que eram constantemente observados, todos os dias, todas as horas. Mesmo no momento em que discutiam este assunto, sentiam que as ideias não eram tanto suas como do próprio El Matador, que era omnisciente e omnipotente das suas vidas. Não sabiam se haviam de detestá-lo ou erguer altares em seu nome.
2 comentários:
17 de abril de 2009 às 18:43
Também tenho a sensação que os conheço de algum lado:)
Quanto aos altares, julgo que este anjo terá uma palavra a dizer... mas não sei qual...
Vou continuar a ler os teus textos até a encontrar:)
17 de abril de 2009 às 19:04
Depois logo me dizes.
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