A velha grita impropérios no meio da sala. Está senil e rabugenta, mas ainda mantém o grau superior de hierarquia e por isso respeitam-na. Não é bem respeito; é subserviência canina.
Pertencesse ela à nobreza e, talvez uma criança já lhe tivesse apontado com o dedo a nudez, que é evidente. Mas não sendo rainha, e como ninguém lhe quer ver o corpo nú: um corpo seco, engelhado, estéril; a velha grita e a escória abana o rabo.
9 comentários:
6 de janeiro de 2012 às 19:58
Creeeeeeeeedo... que visão infernal. Tanto a da velha, nua, como a do degredo dos desfiles nudista bamboleantes que vemos todos os dias pela janela ou pela tv...
6 de janeiro de 2012 às 20:32
Dantesco.
6 de janeiro de 2012 às 22:35
O nu de velho(a), por mais que nos custe ver é sempre apelativo. Quande se é jovem é o prazer de ver e apreicar.Quando se é velho, é a curiosidade, a visão de que um dia seremos um nu velho.
:)
7 de janeiro de 2012 às 01:11
Man, quiéquéisso?
7 de janeiro de 2012 às 01:36
eheh
7 de janeiro de 2012 às 12:38
O corpo, se for bem tratado, dura uma vida inteira! Mas a alma em alguns corpos passa a ser mais que tudo. :)
8 de janeiro de 2012 às 13:23
a nudez passou a ser um privilégio dos belos :)
9 de janeiro de 2012 às 19:16
Bem! A aristocracia por aí anda! Está descontente? É possível! Até eu ando! O rosto mantêm o pó de arroz, e o corpo esconde a engelhada nudez, e nós ainda lhe mandamos uns apupos: "Mas que gaja boa ali vai!"
9 de janeiro de 2012 às 19:46
Essa é que é essa.
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