Espera lá, se a outra do
meu futuro esperou por mim 50 minutos, e não me encontrou por eu
estar aqui, não deveria ter chegado aqui 50 minutos depois, uma que
pertencesse ao meu presente, à hora do nosso encontro, ainda que não
soubesse nada deste tropeção quântico? Aquela que corresponde a
este presente não marcou nada contigo. Como assim? Tu neste presente
só existes a partir do momento em que chegaste aqui às 13h30; ainda
não tiveste interacção com ninguém a não ser com essa outra que
te piscou o olho e que tu deixaste ir. A tua existência neste tempo
tem apenas 150 minutos, és um recém-nascido. 'pera lá, atão agora
dizes-me que sou um bébé, 'tás parvo? Temporalmente neste espaço
és uma criança, ninguém te conhece, és um estrangeiro. Um
estrangeiro? O que é que isso quer dizer? Que tens que começar tudo
outra vez, lamento. O quê, mas isso não é a reincarnação? Não
quero, não vou repetir tudo outra vez. Tecnicamente não
reincarnaste, antes destemporalizaste, por isso o começar tudo de
novo não tem que ser mau, vê pelo lado bom, podes corrigir ou
evitar os erros do teu antigo passado, construir aqui um presente
melhor, serás um homem mais evoluído, terás as presciência do
engano. Serei um homem do futuro! Exacto, um homem do futuro, mas no
passado é claro. Sempre à frente. Nem que seja por 50 minutos.
Deus dá nozes a quem
toca guitarra.
1 comentários:
8 de maio de 2012 às 23:40
Oh...eu sou mais ou menos assim... mas ao contrário. Chego sempre no "último autocarro", no que se atrasa 50 minutos... Quiçá? Um dia tropeço no Abrenúncio e ele me acerta os ponteiros...
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