
«Chá de menta?» ofereceu a Anacleto que aceitou de pronto. «Andas a dormir estrangeiro Anacleto. Estás a dormir agora mesmo; procuras uma saída no deserto e olhas para mim quando devias era olhar para ti próprio...» o outro continuava a olhar para o “Abandonado de Deus” naquela forma que era peculiar aos bois quando defronte de palácios. Beberam o chá e sentiram-se melhor, mais frescos. «Devo então seguir para ocidente portanto» balbuciou Anacleto tentando mostrar-se entendido no assunto. O tuaregue, cansado de tanta teimosia, jogou a mão ao alforge e retirou de lá um bússola que entregou ao ocidental. «Toma, é tua, deve chegar para encontrares a saída». De pé, Anacleto segurou a bússola na palma da mão e constatou de imediato que esta estava avariada: para onde quer que se virasse a seta apontava sempre para ele.