Ao cabo de longas horas, César parou de trabalhar. Anoitecia. Aproximou-se da janela e contemplou toda a Cidade, a mais bela e divina de todos os tempos.
CORO: César aproxima-se da janela!
Lá em baixo os conspiradores reuniam-se algures, planeavam e maquinavam contra si, César sabia-o bem, há muito que a sua ousadia havia criado anti-corpos entre o Senado e a guerra civil só tinha piorado a situação. Sim, havia traição pelo ar, tão densa que quase se podia cortar à faca. Riu-se da fraca escolha de palavras.
CORO: César ri-se das palavras!
Quem seriam eles, questionava-se, e quando viriam? Havia ainda tanto para fazer; temia que não lhe restasse tempo suficiente para acabar a obra.
CORO: César receia não ter tempo!
A pior facada, cogitava César, não é aquela que nos dão pelas costas; essa é incógnita e cobarde e só humilha o agressor. Não, a pior facada é a que vem pela frente.
CORO: César cogita sobre as fac...
CÉSAR: CALEM-SE IMBECIS!!! Já não vos posso ouvir mais. Que melguice, sempre a narrar tudo o que faço, por Júpiter, mas de quem foi a ideia de vos plantar aqui a cagar sentenças? Desapareçam imediatamente! Ouviram? RUA!
CORO: César despede o coro.
Mais uma táctica do inimigo, concluiu César, o desgaste nervoso. Ahrggg! A espera. A própria morte era melhor que aquela espera.
A traição..., César recupera o fio do pensamento, a pior é a que nos surge pela frente e nos olha nos olhos, cheia de amabilidades, sempre com um sorriso nos lábios, muito amiga e prestável e é com um sorriso no rosto que nos desfere o golpe fatal. Sentimo-nos humilhados por não termos sido capazes de prever o atentado; sentimos-nos humilhados por ter confiado, por termos acolhido o inimigo entre nós.
Desconfiar sempre de quem se ri sem ter vontade, advertiu César a si mesmo e voltou ao trabalho.
Noutro canto da cidade, Marco Júnio Bruto afiava a lâmina do seu punhal. Sorria. Sorria sempre que estava nervoso.
CORO: César aproxima-se da janela!
Lá em baixo os conspiradores reuniam-se algures, planeavam e maquinavam contra si, César sabia-o bem, há muito que a sua ousadia havia criado anti-corpos entre o Senado e a guerra civil só tinha piorado a situação. Sim, havia traição pelo ar, tão densa que quase se podia cortar à faca. Riu-se da fraca escolha de palavras.
CORO: César ri-se das palavras!
Quem seriam eles, questionava-se, e quando viriam? Havia ainda tanto para fazer; temia que não lhe restasse tempo suficiente para acabar a obra.
CORO: César receia não ter tempo!
A pior facada, cogitava César, não é aquela que nos dão pelas costas; essa é incógnita e cobarde e só humilha o agressor. Não, a pior facada é a que vem pela frente.
CORO: César cogita sobre as fac...
CÉSAR: CALEM-SE IMBECIS!!! Já não vos posso ouvir mais. Que melguice, sempre a narrar tudo o que faço, por Júpiter, mas de quem foi a ideia de vos plantar aqui a cagar sentenças? Desapareçam imediatamente! Ouviram? RUA!
CORO: César despede o coro.
Mais uma táctica do inimigo, concluiu César, o desgaste nervoso. Ahrggg! A espera. A própria morte era melhor que aquela espera.
A traição..., César recupera o fio do pensamento, a pior é a que nos surge pela frente e nos olha nos olhos, cheia de amabilidades, sempre com um sorriso nos lábios, muito amiga e prestável e é com um sorriso no rosto que nos desfere o golpe fatal. Sentimo-nos humilhados por não termos sido capazes de prever o atentado; sentimos-nos humilhados por ter confiado, por termos acolhido o inimigo entre nós.
Desconfiar sempre de quem se ri sem ter vontade, advertiu César a si mesmo e voltou ao trabalho.
Noutro canto da cidade, Marco Júnio Bruto afiava a lâmina do seu punhal. Sorria. Sorria sempre que estava nervoso.
10 comentários:
15 de abril de 2010 às 23:43
Coro: a pior facada é a que vem pela frente e na maioria das vezes está bem em frente aos olhos!kiss
16 de abril de 2010 às 10:30
Exacto
17 de abril de 2010 às 18:07
Por mais que aqui venha. Por mais que leia. Não consigo comentar. Xiça!
Quero dizer, eu adorei! Mas não era só isso que queria dizer... entendes?
(...)
(...)
Olha, que se lixe... Beijinhos**, pronto!
17 de abril de 2010 às 19:36
Entendo. Tá comentado e não se fala mais nisso :)
19 de abril de 2010 às 18:12
Concordo, concordo, concordo...A pior facada é aquela que vem daqueles de quem gostamos...Até porque na maioria dos casos, até damos por ela, sabemos que ela vai acontecer, mas recusamo-nos a acreditar...
Cesar, sou uma fã de Cesar...
"César despede o coro." Hehehe...amei o coro...Apesar de odiar lambe botas (que é o que o coro me parece) devo dizer que é um comic element fantastico.
19 de abril de 2010 às 18:18
César rules!Agora já não, coitado, já morreu.
20 de abril de 2010 às 09:54
Já morreu, mas tens de concordar que o homem tinha estilo pá!
Já leste o "Primeiro homem de Roma" foi com esse livro que desenvolvi uma paixoneta secreta pelo Cesar...hihihi...Daquelas coisas tipo adolescente sabes?
beijos
20 de abril de 2010 às 10:15
Já li o Primeiro Homem de Roma todo, os sete volumes. Eu também sou um fã do César, por isso não resisti a prestar-lhe uma pequeníssima homenagem.
20 de abril de 2010 às 15:38
Não consegui acabar o setimo volume...A cleopatra irrita-me...
Mas fiquei mesmo no fim...um dia destes ainda o acabo.
Foi uma belissima homenagem a tua.
20 de abril de 2010 às 15:44
Ehehe, eu irritei-me foi com o Octaviano.
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