Chegou a uma conclusão que resultava do cansaço que sentia. As dores que lhe atravessam o corpo, os ais dos tendões, as reclamações dos músculos, o reumático precoce da adolescência, tudo se conjugava de forma a mantê-lo sossegado, estático, inerte. Quando neste estados, o seu espírito, como o ar quente que faz subir os balões, inflamava-se e ascendia a outras planícies. Terras de felicidade e contemplação. Era todo um outro universo que se queria imutável – nothing's gonna change my world – trauteava contente. Razão tinha o outro que sentia prazer em não cumprir um dever, reflectia. E nestas filosofias que se querem pequeninas porque também elas às vezes cansam, viu com clareza: a dor é boa.
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