O tempo das indecisões acabara. Chegou a uma encruzilhada mas desta vez sabia bem que caminho percorrer, não havia direita nem esquerda, só em frente. O horizonte perfilava-se mais perto, no entanto a viagem tornara-se mais bela por estar a chegar ao fim. Já não havia tempo para minúcias, nem peritagens da verdade, nem sequer lhe interessavam. A sua verdade, a verdade que contava, era a de o sofrimento ser uma ilusão e o medo um companheiro fiel que se esvai como o fumo de um cigarro. «Apercebemo-nos disto demasiado tarde». «O absurdo, o fruto das nossas ânsias, a raiz do mal-estar, desfaz-se perante a presença do criador. Assim, apresentamo-nos nús, despidos de estupidez e arrogância e confrontamo-nos com o Ele que somos Nós. Apercebemo-nos disto demasiado tarde».
Havia tanto para fazer mas o tempo emaranhava-se na sua cabeça, enleava-lhe os pensamentos, baralhava a lucidez, a fantasia e o desejo: «Ainda tenho tempo? Quanto falta? O quê?...Não percebo.»
Sorriu uma última vez em frente ao espelho e viu-se em criança a sorrir de volta. Abriu a porta do guarda-fato e escolheu a melhor cruzeta; «Está na hora de pendurar o esqueleto.»
Havia tanto para fazer mas o tempo emaranhava-se na sua cabeça, enleava-lhe os pensamentos, baralhava a lucidez, a fantasia e o desejo: «Ainda tenho tempo? Quanto falta? O quê?...Não percebo.»
Sorriu uma última vez em frente ao espelho e viu-se em criança a sorrir de volta. Abriu a porta do guarda-fato e escolheu a melhor cruzeta; «Está na hora de pendurar o esqueleto.»
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