Hermenegildo vivia em permanente estado de impermanência; num estado intermédio por assim dizer. Não era isto nem aquilo; nem pão nem bolo, e por isso, via-se à deriva na ilusória passagem do tempo. Parado à porta giratória da existência, não sabia se estava a entrar ou a sair. Sentia-se como que uma partícula excitada com ataques de epilepsia quântica.
Hermenegildo – O Simples, não tinha geração: era um forasteiro de si próprio. Ou nascia demasiado cedo para as revoluções ou quando acordava já era velho demais para nelas participar.
Não tinha pátria.Tivesse ele os seus livros e a sua música por perto e faria a pátria em qualquer sítio.
Hermenegildo era pois, e tão somente, uma alma penada, um andarilho, uma nódoa negra na perna da civilização moderna.
Hermenegildo – O Simples, não tinha geração: era um forasteiro de si próprio. Ou nascia demasiado cedo para as revoluções ou quando acordava já era velho demais para nelas participar.
Não tinha pátria.Tivesse ele os seus livros e a sua música por perto e faria a pátria em qualquer sítio.
Hermenegildo era pois, e tão somente, uma alma penada, um andarilho, uma nódoa negra na perna da civilização moderna.
5 comentários:
14 de janeiro de 2010 às 09:38
O Hermenegildo andava desanimado, não tinha um objectivo, daí andar ao sabor do vento. Era uma nódoa, como muitas que andam por aí.
14 de janeiro de 2010 às 11:49
E o desânimo parece ser geral.
14 de janeiro de 2010 às 16:57
E ainda assim eu gosto dele!
Por culpa de uma simples frase "Tivesse ele os seus livros e a sua música por perto e faria a pátria em qualquer sítio."
O desanimo entende-se...a humanidade esta monotona...beijos
14 de janeiro de 2010 às 18:29
És uma alma caridosa.
Um abraço Joaninha.
15 de janeiro de 2010 às 16:21
Matador, fiz-te um pseudo-convite na minha caixa de comentários.
Não tens de aceitar...mas...se aceitasses era giro :)
beijos
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